A
Idade Moderna se inicia com o movimento cultural do Humanismo que defende uma
nova concepção do mundo na qual o homem ocupa um lugar de destaque. Nesse
período a existência e a supremacia de Deus continuam sendo confirmada.
A
Idade Moderna carrega traços do passado. De fato, a Idade Moderna rompe com
o pensamento clássico-cristão, a partir da visão dual de Descartes, que
fragmenta o homem em res cogitans e res extensa. Foi com René Descartes
que a antropologia racionalista encontrou sua expressão paradigmática ao apresentar
a dualidade espírito – corpo: de um lado, o espírito cuja existência manifesta-
se no cogito; de outro, o corpo, obedecendo aos movimentos e às leis que
governam as máquinas do mundo. Surge assim– a natureza humana da Modernidade e
do homem que a acompanha: o homem-máquina. Começa-se uma nova interpretação do
homem a partir de pensamentos já existentes. A racionalidade é a ferramenta
principal dessa concepção.
Já
a concepção Cristão-medieval do homem procede de duas fontes: a
tradição bíblica, vetero e neotestamentária, e a tradição filosófica grega.
A figura do homem é pensada na concepção bíblica,
não numa perspectiva ontológica, mas soterológica, e ela se desenvolvem em três
momentos que se articula como momento de uma história ou de um itinerário
salvífico. Nesse contexto está a salvação que vem da parte de Deus e é um dom
ou oferecimento que precisa da parte do homem apenas de uma resposta ou
aceitação, a recusa do dom implicando justamente a perda da unidade ou da cisão
irremediável do seu ser por parte do homem. Portanto, durante esse período o
homem é colocado como um dependente de Deus. Nesse período o teocentrismo é o
que prevalece na cultura e na sociedade em geral dessa época. A ICAR nesse
período torna-se a “dominadora dos povos”. A visão do homem
medieval está totalmente ligada a Deus. Na Idade Média, grande parte da
produção intelectual e artística estava ligada à igreja Católica. O homem tinha
uma formação baseada na teologia cristã da ICAR. Que predominava na época como
uma instituição que ditava todas as regras que deveriam ser seguidas pela a
sociedade. Portanto, a principal característica é a religião como foco
fundamental. A visão do homem medieval estava totalmente ligada a sua
dependência com o divino. A cultura, a arte e a educação nessa época sofrem
total influência da ICAR, que se institucionaliza e pretende manter o monopólio
político-social da sociedade medieval.
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